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"Temos de mostrar que Chemnitz é uma cidade colorida"

Die Toten Hosen ao vivo em Chemnitz num concerto antiviolência
Die Toten Hosen ao vivo em Chemnitz num concerto antiviolência Direitos de autor  REUTERS/Hannibal Hanschke
Direitos de autor REUTERS/Hannibal Hanschke
De Francisco Marques
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Mais de 50 mil pessoas juntaram-se para assistir a um concerto antiviolência promovido pelos Kraftklub com os Die Totten Hosen, na cidade onde um crime degenerou em confrontos com grupos violentos da extrema-direita

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O grupo rock Kraftklub, originário de Chemnitz, foi o promotor do concerto antiviolência racista realizado segunda-feira na mesma cidade onde há pouco mais de uma semana um homem foi morto à facada e dois imigrantes foram detidos sob suspeita de envolvimento no crime.

O lema do evento era #WirSindMehr ("somos mais") e em palco estiveram também os dinossauros do rock alemão Die Toten Hosen, os "punkers" Feine Sahne Fischfilet, os "hip hoppers" K. I. Z. e os "rappers" Marteria e Casper.

Os protestos anti-imigrantes e as perseguições violentas a estrangeiros ocorridas após a detenção dos dois imigrantes, no âmbito do assassinato de um alemão, motivaram ao longo da semana também contramanifestações a exigir respeito por todas as pessoas e a demarcar boa parte da comunidade de Chemnitz da insurgência da extrema-direita local na última semana.

Desta vez, não houve confrontos a registar. A música surgiu como um protesto pacífico. Linda Wolter, uma jovem residente em Chemnitz, ficou satisfeita que "tanta gente" tenha estado no "concerto para apoiar Chemnitz."

Para Andrea Ulrich, uma residente local de mais idade, a adesão ao concerto foi "absolutamente fantástico". "Como cidadãos de Chemnitz, temos de mostrar que a nossa cidade é colorida, aberta a todos e que não temos qualquer simpatia pelo que aconteceu aqui nos últimos dias", garantiu.

O vocalista dos Die Toten Hosen abraçou a causa da ala mais tolerante de Chemnitz.

"O que está em causa não é um confronto entre a esquerda e a direita, mas sim a oposição a uma fação da extrema-direita que está a tornar-se violenta", afirmou Andreas "Campino" Frege, uma celebridade na Alemanha.

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