Tribo boliviana enfrenta as alterações climáticas

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De  Patricia Tavares
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A tribo Uru sobrevive há milénios na Bolívia. Sobreviveu às invasões incas e espanholas, mas o mais antigo povo indígena a habitar as margens do lago Poopó está com dificuldades em resistir às alterações climáticas.

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A tribo Uru sobrevive há milénios na Bolívia. Sobreviveu às invasões de incas e espanholas, mas o mais antigo povo indígena a habitar as margens do lago Poopó está com dificuldades em resistir às alterações climáticas.

A água do lago Poopó, que já foi o segundo maior do país, secou. Os peixes e as aves marinhas do ecossistema desapareceram e muitas pessoas fixaram-se noutras paragens. Ficou apenas um cenário árido.

Segundo os cientistas, a temperatura do planalto boliviano aumentou 0,9 °C, o suficiente para agravar os efeitos da seca. Quando chove, o aumento da temperatura faz com que a água evapore muito mais rapidamente.

"O Lago Poopó tinha grandes peixes. É por isso que nunca pensámos que iria secar. Os nossos avós falavam sobre como as moscas se reuniam à beira do lago e diziam que ia secar. Não acreditava que ia secar. Era um lago tão grande que as pessoas até morriam lá dentro", disse Evarista Flores, uma das residentes das margens do lago.

A tribo Uru tenta encontrar outras formas se subsistência, como o cultivo e o artesanato, para manter o seu modo de vida. Procura pequenos oásis na esperança que a água do lago volte, mas é provável que o ecossistema nunca mais volte a ser o que era devido às alterações climáticas.

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