Etiópia e Eritreia reabrem fronteiras depois de 20 anos de conflito

Etiópia e Eritreia reabrem fronteiras depois de 20 anos de conflito
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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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Os dois países africanos assinaram, em julho passado, um acordo para desmilitarizar a fronteira, foco de tensões que deram origem a uma guerra que matou 80 mil pessoas.

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Os chefes de Estado da Etiópia e da Eritreia reabriram pontos de passagem na fronteira que separa os dois países do corno de África pela primeira vez em duas décadas. Graças à reconciliação entre os dois países, a Etiópia volta a ter acesso a portos situados no Mar Vermelho.

Os dois países acordaram que as forças militares que permanecem ao longo da fronteira deverão deixar a região, de forma a apaziguar tensões.

O conflito entre os dois países começou em 1998, por causa das delimitações da fronteira que os separa. Pelo menos 80 mil pessoas terão morrido em 20 anos.

No ano 2000, foi alcançado um acordo de paz, ainda que as tensões se tenham mantido ao longo dos anos.

Recentemente, Abyi Ahmed, o primeiro-ministro etíope, propôs que tropas de ambos os lados deixassem as posições ocupadas perto da fronteira, numa iniciativa que integrou um pacote de reformas que contribuíram para uma transformação política na região.

Cerimónia transmitida a nível nacional

Milhares de pessoas, vindas da Etiópia e da Eritreia, marcaram presença numa cerimónia de abertura de um ponto de passagem da fronteira em Zalambessa, cidade destruída em 1998.

A cerimónia foi transmitida em direto pela televisão.

País em desenvolvimento com cerca de 100 milhões de habitantes, a Etiópia dependia, até agora, do Djibuti para chegar ao Mar Vermelho.

O acordo entre representantes dos dois Estados foi assinado em Asmara, no início do passado mês de julho.

No mesmo mês, a Etiópia reabriu a embaixada na Eritreia e o país vizinho fez o mesmo na semana passada.

Existem agora voos entre os aeroportos de ambas capitais.

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