"Vamos precisar de mais ajuda do que pensávamos nas Filipinas"

Por causa da passagem do tufão Mangkhut, as autoridades filipinas continuavam, no início desta semana, com a recolha de corpos e com o trabalho de busca e resgate de dezenas de desaparecidos.
Era o que acontecia, por exemplo, província de Benguet, onde equipas no terreno viam o resgate de cerca de 40 pessoas dificultado pela instabilidade do solo.
Neste caso, a maioria dos desaparecidos são mineiros que trabalham na região e que ficaram soterrados durante um deslizamento de terras que ocorreu enquanto se encontravam no interior da mina.
Lot Felizco, diretora da Oxfam Filipinas, disse à Euronews que o número de mortos deverá vir a aumentar e que a dimensão humana da tragédia ainda não é conhecida:
"O que temos aqui é a ponta do iceberg, porque só agora começam a chegar as notícias com mais detalhes. Esta semana, vamos saber mais sobre as áreas que, até ao momento, estavam inacessíveis. Por isso, temo que o número de mortos aumente e que precisemos de mais ajuda do que pensávamos no início."
Nas Filipinas, o tufão Mangkhut atingiu o norte do arquipélago, zona predominantemente rural, devastando comunidades inteiras, muitas com habitações precárias, assim como campos de arroz, essenciais para a subsistência dos habitantes.