Fomos conhecer um dos muitos dramas familiares de migrantes em Lesbos

Fomos conhecer um dos muitos dramas familiares de migrantes em Lesbos
De  Euronews
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Rehmatullah Khan tem 33 anos, Rouba Mirza tem 28 e o filho de ambos apenas oito meses, uma otite e uma doença de pele. São do Paqustão e estão na Grécia desde junho

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A vida no campo de Moria, em Lesbos, na Grécia, é dura para todos os requerentes de asilo. No entanto, é pior para as crianças. As mais pequenas e vulneráveis vivem no meio do pó e brincam ao lado de lixeiras.

Rehmatullah Khan e a mulher têm um bebé de oito meses. Chegaram a Lesbos em meados de junho. A Euronews foi conhecer o drama desta jovem família atrás de um sonho de segurança e conforto na Europa.

Com 33 anos, este homem era bancário no Paquistão, mas agora ele diz-se capaz de tudo para conseguir alimentar a mulher e o filho.

"Se alguém nos está a ouvir: há famílias aqui e o inverno está a chegar. É muito difícil para as famílias passar aqui as noites. Faz muito frio e os bebés não aguentam. Alguns nasceram aqui há 12 ou 13 dias. E também é muito difícil para eles manterem-se de dia nas tendas a ferver", contou-nos Rehmatullah Khan.

A mulher de Rehmatullah sente-se desesperada e inútil por não conseguir cuidar da melhor forma do filho. O bebé tem uma otite e sofre também de uma doença de pele.

No superlotado campo de Moria, são precisos vários dias até conseguir Rouba Mirza conseguir consulta com um médico.

"Falo por de todas as mães. Não temos roupas para os bebés. É inverno e nem temos sapatos para os filhos. Nem comida. Nem dinheiro. E... desculpem..." Mirza emociona-se e fica sem palavras perante o microfone da Euronews. O nosso enviado especial a Lesbos respeita e afasta-se.

Muitos dos requerentes de asilo contaram-nos ser preciso estar quatro horas numa fila de espera para conseguir alguma comida. A Euronews não pôde aceder ao interior do campo de Moira para o confirmar, mas os migrantes têm vídeos nos telemóveis e mostraram-nos.

O nosso jornalista, Apostolos Staikos, teve uma sensação estranha: "À medida que caminhamos por Moria, todas as tendas parecem iguais, todas as caras parecem contar-nos uma história similar."

"Mas, se nos envolvermos, percebemos que cada pessoa tem a sua própria história, os próprios sonhos e desejos. No entanto, todos pedem o mesmo: condições decentes para viver em Moria e um melhor futuro na Europa", conclui o nosso enviado especial a Lesbos.

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