Discurso de Trump nas Nações Unidas: reações de Bruxelas

Discurso de Trump nas Nações Unidas: reações de Bruxelas
De  Euronews
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Sentimento de frustração com saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão e do acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

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Em Bruxelas não há grande reação ao discurso de ontem do presidente norte-americano Donald Trump nas Nações Unidas, ao contrário de ocasiões anteriores em que um discurso de Trump tão importante como este era seguido por uma onda diversificada de opiniões de todas as tendências partidárias.

A União Europeia está acustomada ao estilo oratório de Trump mas existe um sentimento de frustração com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão e do acordo de Paris sobre as alterações climáticas. A maioria dos membros do parlamento europeu mostram-se verticalmente opostos às políticas do presidente norte-americano.

Falámos com Charles Tannock, membro do parlamento europeu pelo partido conservador britânico há quase vinte anos e membro da comissão dos negócios estrangeiros e também a Malin Björk, membro do parlamento europeu pelo partido da Esquerda da Suécia, para conhecer as suas reações às políticas de Donald Trump.

"Sou fortemente contra muitas das suas políticas, como por exemplo com a saída do acordo nuclear com o Irão (JCPOA-Plano de Ação Conjunto Global), mas estou também profundamente preocupado com o comportamento imprevisível que exibe. Nunca vivemos numa situação em que políticas são anunciadas nas páginas do Twitter e são adoptadas de forma errática e imprevisível," afirmou Charles Tannock.

"É um presidente que apreende crianças na fronteira dos Estados Unidos, que ataca a igualdade de direitos para as mulheres, e pôe em questão todo o progresso feito até hoje a nível global em relação à alteração climática, por isso trata-se de uma pessoa irresponsável e perigosa. Não é de admirar que seja alvo de tantas críticas," disse Malin Björk.

Estes são reações de apenas dois dos 751 membros do parlamento europeu. Mas há também vozes no parlamento europeu a favor de Donald Trump, com por exemplo a de Nigel Farage, líder do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP).

Uma das vozes que não tem sido ouvida é a do embaixador dos Estados Unidos para a União Europeia, cuja ausência atinge os dezoito meses. Um novo embaixador foi nomeado em Julho, Gordon Sondland, que se espera possa estreitar as relações entre a Casa Branca e Bruxelas.

Outro dos assuntos na agenda dos dez comissários da União Europeia presentes em Manhattan é a situação na Síria. A alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros Federica Mogherini reuniu-se ontem à noite com o ministro dos negócios estrangeiros da Rússsia, Sergey Lavrov, e terá hoje um encontro sobre doadores para a resposta internacional à crise humanitária da Síria.

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