O Executivo italiano acusa Bruxelas de contribuir para a desvalorização das ações italianas e para o aumento dos juros da dívida pública no mercado secundário.
O Governo italiano diz que não vai ceder "um milímetro" por causa das pressões de Bruxelas e acusou os dirigentes da União Europeia de usarem os mercados financeiros para enfraquecerem o Executivo.
Roma afirmou que poderão exigir compensações financeiras.
"Alguém está à espera que o Governo italiano recue em relação a esta lei orçamental. Recuar desses 2,4% significaria dizer aos italianos:" não se podem reformar, não vamos subir as pensões, não vamos compensar aqueles que foram enganados pelos bancos e não estamos a estabelecer um rendimento básico.". Não, nós não vamos recuar nem um milímetro", assegura o vice-primeiro-ministro italiano Luigi Di Maio.
O Executivo italiano acusa Bruxelas de contribuir para a desvalorização das ações italianas e para o aumento dos juros da dívida pública no mercado secundário.
O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, pediu a Roma que reconsidere a sua posição. "Como cidadão, como patriota, como presidente do Parlamento Europeu, envio um apelo ao Governo italiano para que modifique uma manobra que amedronta os mercados e que arrisca esfumar as economias do povo italiano".
A Comissão Europeia está preocupada que o orçamento proposto pelo Executivo italiano faça disparar a dívida pública de Itália, a segunda mais elevada da União, a seguir à Grécia.