Manifestações contra a presença do presidente turco em Budapeste foram proibidas pelo primeiro-ministro húngaro
Budapeste recebeu Recep Tayyip Erdoğan com pompa e circunstância... mas não necessariamente com amor. Impossibilitada de se manifestar na rua, a oposição húngara utilizou a fachada do parlamento para mostrar que "os ditadores da Europa" não são bem-vindos, colocando o presidente turco a par de Vladimir Putin e do próprio Viktor Orbán.
Indiferente aos manifestantes, como é seu hábito, o primeiro-ministro húngaro desfez-se em elogios à estabilidade turca e apelou a uma "cooperação estratégica" da União Europeia com a Turquia.
Do lado do chefe de estado turco, um desabafo: "Afinal a União Europeia não voltou completamente as costas à Turquia." Um grito de ajuda de um país cada vez mais dependente de Bruxelas tendo em conta as complicadas relações com Washington. De resto, a visita de Erdoğan decorreu sem problemas de maior e não é complicado perceber porquê.
Enquanto as manifestações contra o presidente turco foram proibidas, os apoiantes de Erdoğan tiveram carta-branca para fazer ouvir a sua voz nas ruas da capital húngara.