Lyon consagra Jane Fonda

Jane Fonda no festival de cinema Lumière, em Lyon
Jane Fonda no festival de cinema Lumière, em Lyon
De  Euronews
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Atriz norte-americana, Jane Fonda, foi a vencedora do único prémio deste ano do Festival Lumière.

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5 mil amantes de cinema, um número respeitável numa cidade com pouco mais de meio milhão de habitantes.

Mas não é uma cidade qualquer. Lyon, no sudoeste de França, é o local onde nasceu o cinema e quando as estrelas aqui vêm, sabem que vão encontrar uma audiência perspicaz, como constatou a norte-americana Jane Fonda.

"É um festival onde não há competição, apenas a paixão pelo cinema, isso é formidável. Por isso, bravo a todos vocês lioneses".

O diretor do Instituto Lumière, Thierry Fremaux, explica o conceito do festival.

"Dizemos que não são filmes velhos, são clássicos e, às vezes, quando vamos a uma livraria, podemos comprar o último romance de um escritor célebre ou um clássico da história da literatura. Foi o que quisemos fazer e percebemos que há público para isso."

A edição deste ano do festival ficou marcada pelo compromisso político de Jane Fonda, a atriz norte-americana que ganhou o único prémio do evento.

Celebraram-se os seus desempenhos no grande écra que lhe valeram dois óscares da Academia de Hollywood e também o seu ativismo político.

Jane Fonda foi uma das estrelas que mais campanha fez contra a Guerra do Vietname na década de 70, do século passado.

Agora, em Lyon, a conversa girou à volta da Política, Sexismo e de Donald Trump.

Durante uma semana de exibições e aulas, as estrelas de cinema falaram sobre as causas que mais os preocupam, mas também vieram a Lyon celebrar a evolução de uma arte que deu os primeiros passos há mais de um século.

O francês Lambert Wilson lembra que é importante olhar para o passado.

"Não é apenas o que vemos agora nos écrãs, é também a história incrível e todos os filmes que foram restaurados e que estão em perfeito estado"

O festival fechou com a exibição do filme "As Vinhas da Ira", de 1940, protagonizado pelo pai de Jane Fonda, Henry.

Esta adaptação do romance de John Steinbeck lembra que fazer cinema foi sempre um ato político.

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