Javier Bardem no Festival Lumière em Lyon

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Em entrevista à Euronews, o ator falou da carreira, dos desafios com que se depara e dos sonhos que acalenta.

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Convidado de honra da 10ª edição do Festival Lumière, em Lyon, coube a Javier Bardem dar o pontapé-de-saída do evento dedicado à história do cinema, na cidade que viu nascer a sétima arte, com restauros e reedições.

Em entrevista à Euronews não escondeu a surpresa com a paixão que se respira pelo grande ecrã na cidade e com a cerimónia de abertura na sala de espetáculos Halle Tony Garnier.

"Quando estive na cerimónia de abertura e me apercebi de um espaço com 5000 mil pessoas pensei: o diretor Thierry Frémaux está louco. O que é que fez?", disse o ator ao jornalista Javier Villagarcia.

O festival arrancou a 13 de outubro e termina no próximo dia 21.

"Pensava que era algo mais pequeno mas percebi a dimensão não só a nível do público que aparece em massa em todas as exibições mas também ao nível do afeto com que acolhem este festival. Fazer parte disto tudo pareceu-me um momento muito especial", acrescentou o ator.

Para Javier Bardem, trabalhar com o premiado realizador iraniano Ashgar Farhadi no filme "Everybody knows" foi como um sonho que se tornou realidade. Que outros sonhos faltam concretizar?

Bardem explica: "Ainda tenho muitos [sonhos]. Falta-me aprender a ser cada vez mais honesto, menos manipulador com o trabalho. Tentar oferecer algo que tenha uma verdade. Que não seja melhor nem pior. Que seja a verdade do que se está a passar nesse momento com a personagem e deixar o protagonismo de parte que é um problema que os atores têm."

O ator espanhol, que conquistou Hollywood com películas como "Este país não é para velhos", parece ter um sexto sentido na escolha de papéis em filmes nos quais vai brilhar.

"No fim de contas baseia-se na intuição. Não conheço ninguém que pense que está a fazer uma obra-prima quando a faz. O filme monta-se gradualmente. Alguns são um desastre, outros são bons e se tivermos sorte são muito bons", refere Bardem.

O ator gostaria de seguir as pisadas de Pedro Almodóvar, o único espanhol a receber um Prémio Lumiére como recompensa da obra do realizador. Como ele Clint Eastwood, Ken Loach ou Catherine Deneuve também já foram distinguidos com o prestigiado prémio. Este ano, o Festival atribui-o a Jane Fonda, pelo trabalho em cinema e o ativismo político.¨"

"Seria fantástico [receber o prémio]. Espero que sim. Significaria que estou vivo mas prefiro recebê-lo aos 150 anos", disse Javier Bardem.

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