Líder do partido islamista radical Tehreek-e-Labaik já reagiu. Exige a demissão do primeiro-ministro e apelou a protestos em massa nas ruas.
Para Asia Bibi, a jornada desta quarta-feira marca o início de um novo ciclo de vida.
O Supremo Tribunal do Paquistão absolveu, com ordem de libertação "imediata", a cristã condenada à morte por blasfémia e detida desde 2010.
Mãe de quatro filhos, foi acusada após ter, alegadamente, insultado o profeta Maomé durante uma discussão com um grupo de mulheres com as quais trabalhava no campo. Bebeu água de um poço e, tratando-se da única cristã do grupo, foi acusada por algumas das muçulmanas de ter contaminado o poço.
Em Islamabade, capital do país, foi instalado um forte dispositivo de segurança com estadas bloqueadas, em particular nos bairros onde vivem magistrados e elementos da comunidade diplomática.
Muhamad Afzal Qadri, o líder do partido islamista radical Tehreek-e-Labaik disse que os juízes que absolveram Asia "merecem a morte" e exigiu a demissão do primeiro-ministro, Imran Khan. Também apelou aos protestos em massa nas ruas.
O caso tem provocado tensões no Paquistão. Dois políticos que tentaram ajudar a mulher foram assassinados.