Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Moradores contra as demolições previstas para a costa portuguesa

Moradores contra as demolições previstas para a costa portuguesa
Direitos de autor 
De Filipa Soares
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

O plano de Ordenamento da Orla Costeira prevê a demolição de mais de 130 casas e edifícios nos 122 quilómetros de costa entre Caminha e Espinho.

PUBLICIDADE

A população da Praia de Paramos, em Espinho, no norte de Portugal está revoltada. As casas onde sempre viveram vão ser demolidas, de acordo com o novo Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que visa prevenir e travar a erosão costeira e reduzir a vulnerabilidade às alterações climáticas.

"Acho isso um absurdo, porque nós nunca tivemos grandes problemas com o mar. O mar salpica um bocadito em frente à capela, mas não é nada de grave", diz Alfredo Maganinho, que reside desde que nasceu, há 41 anos, na Praia de Paramos. 

"O mar não faz mal a ninguém", afirma Benvinda Rocha, que não tem medo do mar, mas de perder a casa: "Tenho medo é de perder a minha casinha, as minhas coisinhas, porque agora com esta idade não tenho possibilidade de mais nada". A moradora garante que não sai, nem que a obriguem. 

O presidente da Câmara de Espinho considera que a demolição não é a melhor solução para o aglomerado que tem cerca de cem casas, na maioria ilegais. "Entendemos que apostando na defesa costeira, nas novas técnicas de defesa costeira, designadamente ao largo do mar e mantendo a população, nós estamos aqui a potenciar a resiliência desta população e evitando que o mar avance cada vez mais", defende Pinto Moreira.

O plano de Ordenamento da Orla Costeira prevê a demolição de mais de 130 casas e edifícios nos 122 quilómetros de costa entre Caminha e Espinho. Entre eles, o Edifício Transparente, no Porto, construído para a Capital Europeia da Cultura em 2001. Desenhado pelo arquiteto catalão Solà-Morales, custou 7,5 milhões de euros.

Esta é apenas uma das medidas para o novo Plano de Ordenamento da Orla Costeira portuguesa, Nos próximos dez anos Portugal vai gastar quase 470 milhões de euros para tentar reduzir os riscos de erosão costeira e a sua vulnerabilidade às alterações climáticas.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Autarca de Roma quer que Tibre fique próprio para banhos em cinco anos

Um olhar sobre os animais mais queridos do Catar, desde cavalos árabes a tubarões-baleia e falcões

Novas iniciativas à prova do clima no Catar para preservar a água no deserto