Centenário da independência polaca sob forte dispositivo policial, face a presença marcada da extrema-direita
Uma maré de bandeiras vermelhas e brancas invadiu as ruas de Varsóvia para assinalar o centenário da independência da Polónia.
Um aniversário celebrado sob um forte dispositivo policial, devido à marcada presença da extrema-direita.
Apesar de predominarem as cores nacionais, podiam ver-se entre os que desfilaram nomeadamente bandeiras da formação Campo Nacional Radical (ONR), com origem num movimento fascista dos anos 30, ou do partido italiano de extrema-direita Força Nova, entre outros.
Ainda assim, o nível de radicalização do desfile foi inferior a outros anos e o presidente Andrzej Duda promoveu uma mensagem de união, fazendo referência a uma "marcha para todos, onde todos se sintam bem" e "pela Polónia".
Sublinhando o isolamento crescente da Polónia face aos parceiros do bloco comunitário, nenhuma delegação europeia de alto nível participou nas comemorações.
A única personalidade vinda do estrangeiro, mas ele próprio de nacionalidade polaca, foi o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. O ex-primeiro-ministro polaco é atualmente considerado como um possível candidato à presidência do seu país em 2020 e adversário político dos conservadores no poder em Varsóvia.