Paris depois da passagem dos "coletes amarelos"

Do luxo ao lixo. Na famosa avenida dos Campos Elísios, em Paris, deitaram-se mãos à obra para limpar as amargas lembranças de uma jornada intensa de protestos.
A segunda grande manifestação impulsionada pelo movimento dos "coletes amarelos", este sábado, degenerou em violência. Há avultados danos materiais, muitas lojas queimadas e com vidros partidos.
O presidente Francês criticou os episódios de violência que se saldaram em mais de uma centena de pessoas detidas e em dezenas de feridos.
Se até aqui o movimento denunciava a subida de impostos sobre os combustíveis, no sábado ouviram-se pedidos de demissão de Emmanuel Macron.
O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, considerou "inaceitáveis" os episódios de violência e deixou alertas, em entrevista à BFM TV: "Penso que é tempo de ouvir com atenção, respeito e consideração todos os franceses que não foram escutados ao longo dos anos."
De acordo com números oficiais, este sábado manifestaram-se 106 mil "coletes amarelos" em todo o país. Em Paris foram oito mil.
Os responsáveis do movimento anunciaram uma terceira jornada de mobilização e de bloqueio das estradas prevista para o 1.º de dezembro.