Fontes de Downing Street avançam que a votação no parlamento britânico está prevista para o dia 11 de dezembro.
Theresa May defendeu na Câmara dos Comuns o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia.
Depois de Bruxelas, a primeira-ministra britânica viveu esta segunda-feira mais uma jornada de emoções fortes. Na frente doméstica, travou outra cruzada e insistiu que a rejeição do documento implica um regresso à "estaca zero" e vai provocar "mais discórdia e incerteza."
"Posso afirmar perante a Câmara com certeza absoluta que não existe um acordo melhor possível. Esta Câmara terá de fazer uma escolha. Podemos apoiar este acordo, respeitar o sentido do voto do referendo e seguir em frente para construir um futuro melhor de oportunidades e prosperidade para o nosso povo. Ou a câmara pode optar por rejeitar este acordo e voltar à estaca zero porque ninguém sabe o que acontecerá se este acordo não passar."
Perante as ameaças de chumbo, o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, classificou como um "ato de automutilação nacional" a insistência de May em defender o acordo: "A verdade é que com este Governo nunca fomos além da estaca zero. Que não restem dúvidas de que este acordo nos vai deixar com o pior de todos os mundos, sem ter algo a dizer sobre as regras futuras e sem ter certezas de futuro. O próprio gabinete da primeira-ministra não consegue vender em conjunto o acordo."
A contagem decrescente para 11 de dezembro, o "Dia D" da votação do acordo no parlamento britânico, está em marcha.
O Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia, aprovado este domingo no Conselho Europeu extraordinário em Bruxelas, tem de ser ratificado pelo Parlamento Europeu.