Geórgia escolhe equilíbrio entre Rússia e Ocidente

Os eleitores georgianos escolheram uma relação equilibrada entre a Rússia e o Ocidente. A segunda volta das presidenciais resultou na vitória de Salomé Zurabishvili, com 59,6 por cento dos votos.
A presidente eleita nasceu em França e fez carreira na diplomacia gaulesa, acabando por se tornar embaixadora na Geórgia. Em 2004 for convidada para ministra dos Negócios Estrangeiros do país de origem da sua família e recebeu a nacionalidade georgiana.
"A nossa escolha é uma Geórgia pacífica, um país unido de cidadãos iguais. A nossa escolha é o diálogo com as partes da sociedade que não votaram em mim e que não concordam comigo. Mas nós somos todos cidadãos de um único país" - declarou a presidente eleita durante o discurso de vitória.
O triunfo da candidata apoiada pelo partido no poder desiludiu o adversário, que deseja a integração na NATO e na União Europeia. Os apoiantes de Grigol Vashadze denunciaram várias formas de pressão durante a campanha, assim como tentativas de manipulação das listas eleitorais e de pressão sobre os eleitores.
Para o candidato derrotado "Isto é na verdade uma vergonha. Testemunhámos a falta de vergonha de um governo que perdeu o que lhe restava de legitimidade."
Estas foram as últimas presidenciais por sufrágio direto e universal no país. Em 2024 o chefe de Estado será escolhido por um colégio eleitoral composto pelos parlamentares e representantes das regiões.