Oposição unida em protestos contra "lei da escravatura"

Oposição unida em protestos contra "lei da escravatura"
De  Rodrigo Barbosa com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Quarta noite de manifestações contra polémica lei laboral na Hungria, com a totalidade da oposição unida pela primeira vez desde a chegada de Viktor Orbán ao poder em 2010

PUBLICIDADE

Foi em frente à sede da televisão pública húngara, em Budapeste, e com alguns momentos de tensão com as forças de segurança, que culminou a quarta noite de protestos contra a apelidada "lei da escravatura".

Já durante o dia, cerca de 15 mil pessoas tinham respondido ao apelo da oposição e sindicatos, desfilando até ao Parlamento para voltar a contestar a nova legislação do trabalho, aprovada na passada quarta-feira.

Um manifestante diz que o protesto é uma "crítica aos últimos oito anos" de governo e acrescenta que espera "livrar-se do executivo [do primeiro-ministro Viktor Orbán] por meios democráticos".

Todas as formações da oposição compareceram em frente ao Parlamento húngaro, prometendo uma frente unida contra o executivo.

A deputada independente Bernardett Szél afirmava que os que estão no poder "podem fazer tudo, enquanto [o povo] se deve calar e trabalhar até sangrar do nariz".

Foi a primeira vez que a totalidade da oposição desfilou unida desde a chegada de Orbán ao poder em 2010.

Tamás Székely, presidente do sindicato de trabalhadores da indústria química, disse que irão "fazer greve juntamente com professores, comerciantes e todos os que forem forçados a trabalhar mais ou substituir outros sem ser pagos".

O aspeto mais criticado da nova lei do trabalho é a disposição que aumenta para 400 horas por ano - o equivalente a dois meses inteiros de trabalho - o número de horas extra que um empregador pode exigir a um assalariado, tendo depois até três anos para as pagar.

Os manifestantes apelaram também à independência e objetividade dos meios de comunicação públicos face aos protestos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Hungria recusa prisão domiciliária para ativista antifascista italiana

Novo inimigo político de Orbán divulga alegadas provas de corrupção

Hungria começa a aplicar nova lei sobre imigração e aperta regras para autorizações de residência