Deputados da oposição ocuparam, durante 24 horas, sede da televisão pública para contestar reformas legislativas na Hungria
A sede da televisão pública húngara, em Budapeste, é o novo epicentro dos protestos contra o governo conservador nacionalista de Viktor Orbán, que entram no sexto dia consecutivo.
A MTVA é acusada de difundir informações de forma parcial e ignorar a voz dos contestatários.
Depois de 24 horas no interior, vários deputados da oposição aceitaram o pedido da polícia para sair do local, mas prometeram manter-se mobilizados às cerca de 3000 pessoas que os vieram apoiar no exterior.
As manifestações têm como alvo principal a nova lei laboral, apelidade de "lei da escravatura", mas também a falta de objetividade dos meios de comunicação oficiais e os receios pela independência da justiça.
Um manifestante diz que "não é correto fazer passar leis na Hungria pela força bruta, sem consultar ninguém".
Outra afirma que "é um conjunto enorme de leis e emendas, quase 3000, que não foram discutidas nem debatidas". E acrescenta que "apesar de não ser advogada, [acha] tudo muito estranho".
Um feito notável desta vaga de contestação é o facto de que é a primeira vez, desde a chegada de Orbán ao poder em 2010, que a totalidade da oposição, da esquerda à extrema-direita, faz frente comum face ao poder.