Televisão pública torna-se epicentro de protestos contra Orbán

Televisão pública torna-se epicentro de protestos contra Orbán
Direitos de autor REUTERS/Marko Djurica
Direitos de autor REUTERS/Marko Djurica
De  Rodrigo Barbosa com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Deputados da oposição ocuparam, durante 24 horas, sede da televisão pública para contestar reformas legislativas na Hungria

PUBLICIDADE

A sede da televisão pública húngara, em Budapeste, é o novo epicentro dos protestos contra o governo conservador nacionalista de Viktor Orbán, que entram no sexto dia consecutivo.

A MTVA é acusada de difundir informações de forma parcial e ignorar a voz dos contestatários.

Depois de 24 horas no interior, vários deputados da oposição aceitaram o pedido da polícia para sair do local, mas prometeram manter-se mobilizados às cerca de 3000 pessoas que os vieram apoiar no exterior.

As manifestações têm como alvo principal a nova lei laboral, apelidade de "lei da escravatura", mas também a falta de objetividade dos meios de comunicação oficiais e os receios pela independência da justiça.

Um manifestante diz que "não é correto fazer passar leis na Hungria pela força bruta, sem consultar ninguém".

Outra afirma que "é um conjunto enorme de leis e emendas, quase 3000, que não foram discutidas nem debatidas". E acrescenta que "apesar de não ser advogada, [acha] tudo muito estranho".

Um feito notável desta vaga de contestação é o facto de que é a primeira vez, desde a chegada de Orbán ao poder em 2010, que a totalidade da oposição, da esquerda à extrema-direita, faz frente comum face ao poder.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Húngaros céticos e divididos quanto ao potencial de mudança das eleições europeias

Orbán na abertura da campanha para as europeias do Fidesz: "O que Bruxelas está a fazer é brincar com o fogo"

Oposição na Hungria apela à realização de eleições antecipadas