Primeiro-ministro húngaro felicitou em Budapeste reforço de posições anti-imigração no Partido Popular Europeu, com vista às eleições de maio
Viktor Orbán sauda em Budapeste o "eixo Varsóvia-Roma". Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro húngaro felicitou o pacto proposto na quarta-feira entre os líderes populistas da Polónia e de Itália com vista às eleições europeias de maio.
O líder nacionalista eurocético felicitou a emergência "das forças anti-imigração de direita" no Partido Popular Europeu (PPE), formação conservadora que atualmente detém a maioria no Parlamento Europeu.
Viktor Orbán: "As migrações não serão o tema principal das eleições para o Parlamento Europeu. São um tópico que irá redefinir a totalidade da política europeia, em profundidade."
No poder desde 2010, o primeiro-ministro húngaro encarna a tendência mais a direita do PPE, partido que Orbán pretende empurrar para posições mais nacionalistas e claramente hostis à imigração.
Viktor Orbán: "Em países da Europa Ocidental, migração e imigração são uma questão de coexistência. Mas não na Europa Central. Porque não queremos coabitar com outros, queremos ficar por nossa conta."
Presente na conferência de imprensa, a euronews perguntou ao primeiro-ministro húngaro por que razão Budapeste apoia o candidato do PPE ao cargo de presidente da Comissão Europeia, Manfred Weber, depois deste ter votado contra a Hungria na questão da Universidade Centro-Europeia.
Viktor Orbán: "Bom, o que acontece é que houve alguém que foi enganado. Foi isso que aconteceu ao meu amigo. Penso que o voto que fez contra a Hungria na questão da 'Universidade Soros' foi sem sentido."
Reeleito em abril, Orbán tem avançado com reformas controversas questionadas por vários organismos internacionais, que denunciam o desrespeito de várias liberdades e do equilíbrio de poderes na Hungria. A nova legislação laboral é um exemplo, tendo motivado manifestações multitudinárias no país.