Pelo menos 14 mortos é o novo balanço, ainda provisório, do ataque reivindicado pelo grupo extremista al-Shabab na capital do Quénia
O grupo extremista somali Al-Shabab reivindicou o ataque desta terça-feira contra um complexo hoteleiro e de escritórios da capital do Quénia, Nairobi, que fez pelo menos 14 mortos, segundo um balanço atualizado.
As testemunhas fazem referência a um grupo de homens armados, que terão entrado na área aos tiros, depois de uma explosão inicial.
Um sobrevivente diz que "quando estava a ser resgatado" viu várias vítimas, "um corpo que não dava para identificar e dois outros que [a polícia] já tinha identificado", embora ele não soubesse "quem eram".
As autoridades fizeram referência a um "suposto ataque terrorista". Em conferência de imprensa, o chefe da polícia Joseph Boinnet disse tratar-se de um ataque coordenado, envolvendo pelo menos um bombista suicida, e falou em várias vítimas, sem precisar um número.
Matina Stevis-Gridneff, correspondente do Wall Street Journal no Quénia, explica que o ataque ocorreu numa área "bastante requintada" da cidade que também inclui bares e restaurantes, muito popular entre clientes internacionais, bem como a elite e políticos locais. Uma área que, a qualquer hora do dia, conta com uma clientela de luxo".
O grupo "jihadista" Al-Shabab é responsável pelos ataques mais mortíferos dos últimos anos em território queniano: o que fez 148 mortos na Universidade de Garissa em 2015 e o que visou o centro comercial Westgate em 2013, resultando em 67 mortos.