Maduro escuda-se de apoio institucional

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De  Euronews
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Supremo Tribunal, Conselho Nacional Eleitoral e militares estão do lado de Maduro. A comunidade internacional permanece dividida quanto à presidência da Venezuela.

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Nicolás Maduro enfrenta o mundo, mas não está sozinho. Para mostrar que ainda é o único presidente da Venzuela, visitou o Supremo Tribunal, onde obteve o apoio total dos juízes. Muitos deles nomeados pelo atual governo.

Também o Conselho Nacional Eleitoral que, esta terça-feira, rejeitou a presidência interina de Guaidó, reafirma a legitimidade do presidente.

"Eu acho que não há nenhuma dúvida no mundo de que Donald Trump quer trazer seu próprio governo, esse sim inconstitucional. Um golpe de Estado na Venezuela contra o povo e a democracia. Que não haja dúvidas de que Donald Trump em toda a sua a loucura acredita ser o polícia do mundo, acredita que é o chefe da América Latina e das Caraíbas Caribe", declarou Nicolás Maduro.

Escudado pelo exército, Maduro mantém os militares do seu lado. Em declarações à televisão estatal, vários comandantes do exército bolivariano apoiaram o atual presidente.

A contestação parece sobretudo vir da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, e das ruas, onde manifestantes protestam há dias.

De acordo com o Observatório Venezuelano de Conflituosidade Social, pelo menos 26 pessoas morreram em confrontos desde 22 de janeiro. Um relatório do mesmo organismo divulga que, em 2018, houve mais de 12 700 protestos na Venezuela, cerca de 35 manifestações todos os dias.

A pressão internacional faz-se sentir, principalmente através dos Estados Unidos, os primeiros a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela.

O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, foi a Washington para uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) tentar convencer os restantes países da legitimidade de Guaidó.

"O tempo para o debate acabou, o regime do ex-presidente Nicolás Maduro é ilegítimo. O seu regime é moralmente falido, economicamente incompetente e profundamente corrupto. É antidemocrático", afirmou Pompeo.

No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana não conseguiu reunir consenso entre os 34 países da OEA sobre quem tem direito a assumir a presidência da Venezuela.

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