Maduro denuncia golpe de Estado

Maduro não sai, da presidência ninguém o tira. O presidente da Venezuela, que a 10 de janeiro renovou o mandato, não tem dúvidas: as ações políticas dos últimos dias, não são mais que um golpe de Estado da oposição orquestrado por forças internacionais.
Munido da constituição, o chefe de Estado fez uma declaração ao país e para quem o quisesse ouvir. "A tentativa de golpe de Estado é acompanhada por um golpe internacional. Há um golpe mediático internacional contra a Venezuela. Estou comprometido com o diálogo nacional, hoje, amanhã e sempre estarei comprometido e pronto para ir onde quer que tenha de ir pessoalmente", afirmou o presidente venezuelano.
A oposição continua a ter apoio popular. Depois de se autoproclamar presidente, Juan Guaidó encontra nas ruas um reforço de poder, mas olha para fora à procura de aliados. E é no palco internacional que novas peças se movem.
Elliott Abrams, especialista internacional das administrações de Reagan e Bush, junta-se agora a Trump para lidar com a crise na Venezuela, ou, como o Secretário de Estado Mike Pompeo colocou a questão, "restaurar a democracia" no país.
Os Estados Unidos, que esta semana reconheceram Juan Guaidó como presidente interino, disponibilizaram 20 milhões de dólares, o equivalente a perto de 18 milhões de euros, para ajuda humanitária na Venezuela. Com a crise sem fim à vista, alguns diplomatas norte-americanos estão de regresso a casa.