O autoproclamado presidente promete democratizar o país, Nicolás Maduro recusa ceder.
Dois dias depois de se ter autoproclamado como presidente interino da Venezuela, o líder da oposição e do parlamento do país, Juan Guaidó, juntou milhares de pessoas no centro de Caracas, onde garantiu estar a trabalhar para a formação de um governo transitório e marcar eleições livres.
"Em apenas dois dias, graças à confiança, à legalidade, à constituição e ao respeito, conseguimos mais do que eles em seis anos", disse em referência à liderança de Nicolás Maduro.
A reação do ainda presidente, reconhecido por uma boa parte da comunidade internacional, não se fez esperar. Para ele, trata-se de um golpe: "Um golpe de Estado que quer intervir na vida política da Venezuela e instalar um regime fantoche dos interesses do império norte-americano e seus aliados no mundo ocidental", disse Maduro.
Nas ruas, a contestação a Maduro tem vindo a crescer. Depois de ter perdido o controlo do parlamento em 2015 e ao ser reeleito no ano passado numas eleições muito contrestadas, o poder do sucessor de Hugo Chávez pode estar por um fio. Os confrontos da última semana fizeram já, pelo menos, 26 mortos, segundo dados não oficiais.