Detenção ocorrem na sequência da investigação para apurar as responsabilidades criminais da rutura da barragem.
84 mortos, 42 deles identificados e 276 desaparecidos, vítimas da rutura da barragem em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais. Este é o último balanço feito pelas autoridades brasileiras. Só esta terça-feira foram retirados da lama cerca de 20 corpos.
Também esta terça-feira cinco pessoas foram detidas por suspeitas de responsabilidade no colapso da barragem. Três dos detidos eram engenheiros da empresa Vale, a responsável pela construção e licenciamento da barragem.
Entretanto, o Governo brasileiro ordenou a inspeção de todas as barragens de mineração no país. As agências reguladoras vão ter de fazer o "controlo imediato" das estruturas e priorizar as classificadas com o "potencial de danos associados alto".
A rutura da barragem da empresa de mineração Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, ocorreu na sexta-feira e causou uma avalanche de lama e resíduos minerais.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a rutura da barragem em Brumadinho era uma “tragédia anunciada”, referindo que já tinha efetuado diversos alertas.
A organização não governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.
“Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efetuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado”, referiu a organização em comunicado.