Imagine uma corrida de veículos elétricos nos Himalaias, na Amazónia ou no Ártico. Em 2021 vai deixar de ser ficção. A nova prova foi apresentada em Londres, vai dar origem a uma série documental pela defesa do ambiente, mas enfrenta algumas críticas
Fixe este nome: Extreme E. É uma corrida fora do comum pelos locais mais remotos e simultaneamente mais ameaçados pela acção do homem e pelas alterações climáticas.
A prova deverá arrancar em 2021, mas enfrenta já algumas resistências. Os danos que a passagem da caravana vai provocar e o facto da garagem e oficina de apoio funcionarem no antigo navio-correio da Coroa britânica, em reconversão.
Alejandro Agag, fundador da Formula E e um um dos organizadores desta corrida tem resposta para os críticos: "Temos passado muito bem ignorando os cínicos e temos intenções de continuar. Nós gostamos de fazer coisas e há que ver a perspectiva geral. Se queres fazer uma omolete, tens de partir alguns ovos. Temos um navio com combustível, sim, mas vamos fazer uma grande contribuição chamando a atenção," afirma.
O navio de Santa Helena está a ser reconvertido para não só servir de paddock flutuante, mas ter também capacidade de observação e análise científica.
A organização chama-lhe o Calypso do século XXI, numa alusão ao navio do oceanógrafo francês, Jacques Cousteau.
Sem público nos locais da prova, a corrida vai dar origem a uma série documental.
O primeiro protótipo dos carros participantes deve estar pronto em Abril e a produção está prevista para junho. São veículos com baterias de 400 Kw assinadas pela Maclaren e que serão personalizados por cada construtor em prova.