Diretor financeiro da empresa garante à euronews que estão à procura de soluções para os 3500 trabalhadores afetados
A Airbus descreveu a decisão de colocar um ponto final à produção do A380 como "dolorosa." Afinal de contas, marca o fracasso de um modelo que era suposto rivalizar com o 747, icónico modelo da Boeing que celebra este mês 50 anos de produção. Para o diretor financeiro, Harald Wilhelm, a construtora europeia não tinha outro caminho a seguir:
"A Emirates decidiu rever a planificação para a frota e como pode ver, decidiu apostar nos A330 e A350. Isso quer dizer que em termos comerciais, a procura não é suficiente para continuarmos a produzir o modelo."
A decisão afeta 3500 trabalhadores na Europa. Os sindicatos pedem garantias de que os postos de trabalho não serão suprimidos e a Airbus procura soluções. De acordo com Wilhelm, a empresa está a estudar a deslocalização das pessoas que trabalham no A380 para outras empresas do grupo.
Apesar da decisão dolorosa, a Airbus tem motivos para sorrir. Afinal de contas, no último trimestre teve lucros superiores a três mil milhões de euros, mais 56% quem em igual período do ano passado.