Ambientalistas e autarcas dizem que caudal do Tejo está reduzido a "um fio" em várias porções entre o Alto Alentejo e o Ribatejo
Em Portugal, autarcas, ambientalistas e população lançam o alerta: entre o Alto Alentejo e o Ribatejo o caudal do Rio Tejo está reduzido a um pequeno fio de água em várias porções do trajeto.
O ativista Arlindo Marques, conhecido como o "guardião do Tejo" pela luta em defesa do rio, diz que há passagens onde há menos de um palmo de profundidade, uma situação completamente anormal.
Arlindo Marques: "Numa altura destas, acabou o inverno há meia dúzia de dias, e o rio já está assim, eu não prevejo nada de bom futuramente, e são mais seis ou sete meses sem chuva..."
O ambientalista, que dirige o Movimento pelo Tejo, defende que Portugal e Espanha deveriam revêr os acordos em vigor, para estipular um valor diário de caudal, em vez de simplesmente o volume de água total, que significa que, no Inverno, as autoridades espanholas cumprem "escrupulosamente" o estabelecido, mas nas épocas de seca, retêm ao máximo a água nas barragens e açudes.
Uma opinião partilhada pelo presidente da Câmara de Gavião, na região de Portalegre: "Eu penso sobretudo que temos que melhorar as convenções que temos com Espanha."
José Pio defende uma frente unida dos autarcas das zonas ribeirinhas, para fazer tanto pressão sobre o governo português, como "junto das entidades europeias".