O primeiro tinha sido ganho pela Telstar que não apresentou resultados operacionais dos últimos três anos, como exigia o caderno de encargos, facto que levantou muitas dúvidas quanto à clareza da adjudicação.
Transparência e regras claras. O Presidente de Angola abriu um novo concurso para o quarto operador de telecomunicações no país, uma semana depois de ter anulado o anterior.
O primeiro tinha sido ganho pela Telstar que não apresentou resultados operacionais dos últimos três anos, como exigia o caderno de encargos, facto que levantou muitas dúvidas quanto à clareza da adjudicação.
A 18 deste mês, João Lourenço anulou o concurso público internacional para a quarta operadora de telecomunicações em Angola, alegando que a empresa vencedora não apresentou resultados operacionais dos últimos três anos, como impunha o caderno de encargos.
Seis dias antes, a empresa angolana Telstar foi considerada vencedora do concurso para a exploração da quarta operadora de telecomunicações em Angola, mas João Lourenço justificou a decisão com o incumprimento da concorrente em apresentar o "balanço e demonstrações de resultados e declaração sobre o volume global de negócios relativo aos últimos três anos".
A Telstar - Telecomunicações, Lda. foi criada a 26 de janeiro de 2018 e tem 200 mil kwanzas (550 euros) de capital social, tendo como acionistas o general Manuel João Carneiro (90%) e o empresário António Cardoso Mateus (10%).
A medida surgiu dois dias depois de o ministro das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação de Angola, José Carvalho da Rocha, ter referido que já não era possível impugnar os resultados.
Nesta altura, Angola conta com três operadoras de telecomunicações: a Unitel com cerca de 80% de quota mercado, a Movicel, com cerca de 20% e a Angola Telecom (empresa estatal em processo de privatização) com uma posição residual.