Rádio Caracas luta pela sobrevivência

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De  Nara Madeira
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A Rádio Caracas viu-se obrigada, depois de ver revogada a sua licença, a mudar de rumo. Hoje não se ouve nos rádios mas na internet.

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Na Venezuela a luta dos meios de comunicação social continua nas ruas. A Rádio Caracas, a mais antiga do país, viu as suas emissões suspensas pelo regime de Nicolás Maduro. O organismo competente alegou que a licença, que datava de 2007, estava caducada. Mas para o diretor da estação o motivo foi outro: o facto de terem emitido uma ação política de Juan Guaidó junto à base aérea de Carlota, na capital do país, a primeira que indicava uma tentativa de mudança na direção política. Estávamos a 30 de abril. 

Hoje, as ondas hertzianas foram trocadas pela "rede", a internet foi a forma que encontraram de continuar a chegar aos ouvintes, de manter os 42 funcionários, de "lutar contra o medo" e de resistir:

"É preciso encontrarmos maneiras de permanecermos juntos, novas formas de luta, temos de encontrar, sobretudo, novas formas de resistir e de aguentar. Um governo não pode permanecer no poder quando há 87 por cento de pessoas que o detesta, quando não pode dar-lhes eletricidade, nem água, alimentos ou medicamentos", explica Jaime Nestares, diretor da Rádio Caracas Rádio.

O grupo, ao qual pertence a Rádio Caracas, tinha visto já serem suspensas, em 2017, as emissões da RCR TV, o que consideram ser uma "grave violação do direito à informação". Mais uma acha na fogueira da crise venezuelana com mais de um milhar de pessoas a perderem os seus postos de trabalho.

Editor de vídeo • Nara Madeira

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