Donald Trump visita Reino Unido

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A visita ocorre num momento difícil para o Reino Unido. O "Brexit" está, mais uma vez, paralisado e o país aguarda um novo primeiro-ministro. Theresa May espera garantir um novo acordo comercial com os Estados Unidos da América.

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Donald Trump já está no Reino Unido, para uma visita de Estado de três dias.

Quase um ano depois de uma visita quase furtiva, o presidente norte-americano recebe o tratamento real completo.

No entanto, a visita ocorre num momento difícil para o Reino Unido. O "Brexit" está, mais uma vez, paralisado e o país aguarda um novo primeiro-ministro. Theresa May espera garantir um novo acordo comercial com os Estados Unidos da América.

David Henig, diretor do Reino Unido do Centro Europeu para a Política Económica Internacional, trabalhou nas negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos e acredita que o desafio consistirá em equilibrar as prioridades comerciais.

"A União Europeia representa cerca de 45-50% do comércio do Reino Unido, os Estados Unidos cerca de 20%. A União é a mais importante em termos de dimensão. O problema é que têm regulamentos diferentes sobre alguns produtos, como os alimentos, por exemplo. Poderíamos perder 2% do Produto Interno Bruto devido a mais barreiras com a União Europeia e ganhar apenas 0,2% com um acordo comercial com os Estados Unidos".

Há décadas que as negociações comerciais foram assumidas pela União Europeia. Agora, são vários os países que olham, com interesse, para esta visita...

O professor de política económica internacional, Michael Plouffe, avisa que o Reino Unido não deve esperar um tratamento especial por causa da relação histórica entre os dois países.

"Pelas negociações norte-americanas com a Coreia sobre o acordo comercial revisto entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos vimos que o Reino Unido não deve esperar muita concertação nas negociações."

Em 2018, os britânicos fizeram questão de mostrar a Donald Trump que não era bem-vindo. Milhares de pessoas foram para as ruas em protesto, obrigando o presidente norte-americano a manter-se longe do centro de Londres.

Este ano, o balão Trump vai voltar a voar, mas organizadores dos protestos, como Owen Jones, admitem que não esperam uma grande afluência.

"Um acordo comercial com Trump seria chegar ao fundo do poço em relação ao ambiente, aos direitos laborais. Significaria abrir o SNS (Serviço Nacional de Saúde) às multinacionais norte-americanas."

Sarah Elliott, presidente do Conselho dos Republicanos no Estrangeiro do Reino Unido, acredita que, apesar dos protestos, o presidente irá assinar um acordo comercial para reforçar as suas perspetivas de reeleição, no próximo ano.

"Espero que nesta visita, e porque se trata de celebrar o 75º aniversário dos desembarques do Dia D e do conflito que forjou a nossa relação especial, as pessoas pensem se é ou não correto protestar."

Os próximos três dias são fundamentais para perceber se o toque real é suficiente para cimentar uma nova aliança anglo-americana pós-Brexit.

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