Um dia após a vitória nas eleições legislativas gregas, o novo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou as escolhas para integrar o governo
O economista Christos Staikouras, antigo ministro-adjunto das finanças entre 2012 e 2015, é agora o rosto principal desta pasta.
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi nomeado Nicos Dendias, outro antigo ministro do anterior executivo conservador.
Já a pasta das Migrações fica nas mãos de Giorgos Koumoutsakos, de 57 anos.
Sophia Zacharaki, porta-voz do Nova Democracia, sublinha o otimismo do novo governo.
"Fizemos o nosso trabalho de casa no que toca às promessas básicas que fizemos ao povo grego. E houve poucas promessas, ao contrário das táticas eleitorais do passado. Vamos reduzir o imposto sobre propriedades e o imposto sobre as empresas. Calculámos toda a despesa e é claro que estamos a fazer o máximo para duplicar a taxa de crescimento."
A diferença entre o Nova Democracia para o Syriza acabou por não ser tão grande como se anunciava. Por isso, muitos analistas, como Giannis Konstantinidis, consideram que este resultado é mais um castigo ao Syriza do que um prémio para o Nova Democracia.
"O voto no Nova Democracia parece ter um caráter negativo, foi um voto contra o Syriza e não a favor do Nova Democracia. Creio que o Nova Democracia terá um período de estado de graça maior, algo que lhe é claramente favorável".
O novo Executivo grego tem 51 membros, sendo que apenas cinco são mulheres.
De acordo com os analistas, o povo grego recuperou alguma normalidade depois de ver o país sair dos programas de resgate. Agora, têm grandes expectativas em relação ao novo governo. Querem virar em definitivo a página da austeridade e ver finalmente uma mudança significativa nas vidas.