Reunião sobre liberdade de imprensa em Londres

Os casos de Jamal Khashoggi, morto no consulado saudita em Istambul, e dos dois jornalistas da agência Reuters que estiveram presos em Myanmar por violarem a lei do segredo de estado são exemplos da importância da liberdade de imprensa. O tema está em destaque na reunião que junta em Londres delegações de mais de uma centena de países.
A Conferência Global sobre a Liberdade de Imprensa tem como anfitriões os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido e do Canadá.
Jeremy Hunt pede unidade e trabalho conjunto.
"Num mundo em que o colunista Jamal Khashoggi do Washington Post foi assassinado dentro de uma propriedade diplomática saudita e a talentosa jornalista Lyra McKee foi morta a tiro por republicanos dissidentes na Irlanda do Norte, seria fácil sucumbir ao fatalismo. Mas temos de resistir porque se agirmos em conjunto podemos chamar a atenção para os abusos e impor um preço diplomático aos que prejudicam os jornalistas ou os prendem por fazerem o seu trabalho".
A conferência pretende criar uma coligação de governos para combater as restrições do trabalho dos jornalistas. O encontro está a causar polémica pela decisão dos organizadores de não convidar dois dos principais órgãos de comunicação da Rússia: o canal de televisão RT e a agência noticiosa Sputnik.
A decisão foi justificada com o "papel ativo" que os dois órgãos de comunicação tiveram na "difusão de desinformação".
O canal RT já reagiu à decisão da organização. Considera que é uma “atitude hipócrita defender a liberdade de imprensa e, ao mesmo tempo, banir vozes inconvenientes e caluniar os meios de comunicação alternativos.