A desigualdade social na Grécia

A desigualdade social na Grécia
De  Patricia Tavares
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As desigualdades sociais na Grécia e as histórias de vida - antes e depois da crise.

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Ago Kouitimi e Tassos Athanasopoulos têm várias coisas em comum - têm mais de 40 anos, trabalham duro e têm dois filhos para sustentar.Tinham uma boa qualidade de vida antes da crise atingir a Grécia, mas a desigualdade social aumentou de forma dramática desde essa altura.

Ago trabalhava na construção civil. Nasceu na Albânia e veio para a Grécia há 30 anos. Quando a indústria da construção sofreu um declínio devido à crise e em formação académica específica, voltou-se para os trabalhos de estafeta - entrega refeições.

"Tenho uma família para sustentar, então sou obrigado a fazer este trabalho difícil. É perigoso, com muito trânsito nas estradas, quente no verão e frio no inverno. Recebo 4 euros por hora. Trabalho 13 horas por dia... Preciso trabalhar muitas horas porque a minha mulher está desempregada. Tenho dois filhos pequenos e tenho de pagar a renda, contas, as atividades extra-curriculares... Mas o mais importante é que não tenho dívidas."
Ago Kouitimi
Estafeta

Tassos é engenheiro electrotécnico, no setor da energia. Os programas de resgate levaram a um aumento das energias renováveis no país. Conseguiu prever esta tendência e assumiu o risco de começar um negócio de sucesso, por conta própria.

“A minha mentalidade desde criança - e foi algo que meu pai me ensinou - é que não existe o que podemos ou não fazer... mas sim o que queremos fazer. Comecei esta empresa do zero. Tomei esta decisão em 2010, porque queria criar um ambiente empresarial diferente do que tinha conhecido. O nosso objetivo é transportar a empresa para a próxima década, duplicar ou triplicar o tamanho do negócio, não só em termos financeiros, mas também a nível de experiências e de sucessos...Para crescer na Grécia e no estrangeiro”.
assos Athanasopoulos
Empresário

A desigualdade na Grécia atingiu níveis sem precedentes durante a crise. As diferenças diminuiram nos últimos dois anos, mas, mesmo assim, um em cada três gregos ainda enfrenta o risco de pobreza ou de exclusão social.

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