Carole Ghosn é acusada de perjúrio num julgamento do marido em Tóquio no ano passado.
Agora é Carole Ghosn, mulher de Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault-Nissan, a ser procurada pela justiça japonesa. As autoridades emitiram um mandado de captura.
Carole, que também já não está no país, é acusada de perjúrio. Os procuradores acreditam que a mulher do executivo caído em desgraça mentiu a um tribunal de Tóquio no ano passado sobre a transferência de dinheiro entre empresas, ordenada pelo marido e que terá lesado a Nissan.
Terá também faltado à verdade sobre se conhecia pessoas e se sobre reuniões com elas.
As alegações não estão ligadas à fuga do marido para Beirute. Os dois estão naquele país do Médio Oriente, apesar da justiça nipónica ter proibido contactos.
Carlos Ghosn, acusado de irregularidades e abuso de confiança na gestão da Nissan, fugiu do Japão no dia 29.
Tóquio não tem acordo de extradição com o Líbano.
O franco-brasileiro deverá dar uma conferência de imprensa esta quarta-feira. Ghosn alega inocência e diz que as acusações foram forjadas pela Nissan, as autoridades japonesas e outros que querem evitar uma fusão total entre a Nissan e a Renault.