As autoridades japonesas fizeram buscas na casa de Carlos Ghosn, em Tóquio. Na Turquia foram detidas sete pessoas suspeitas de envolvimento na fuga.
As autoridades japonesas procederam esta quinta-feira a uma perquisição na casa onde residia Carlos Ghosn, em Tóquio, antes de fugir para o Líbano.
Querem perceber como é que o ex-patrão do grupo Renault-Nissan, que aguardava julgamento em liberdade condicionada e sob vigilância, conseguiu deixar o país.
Ghosn está no Líbano, em local desconhecido. Beirute recebeu um mandado de detenção por parte da Interpol. O governo libanês já disse que Carlos Ghosn entrou no país legalmente e não há razão para o perseguir.
Um amigo refere que ele "está confiante no futuro, tem imensos projetos e isso é o mais importante. Está rodeado pela família e pelos amigos. Aqui (no Líbano) está em casa".
Suspeita-se que, na fuga do Japão, tenha utilizado um avião privado até Istambul. O governo turco está a investigar sete pessoas suspeitas de estarem relacionadas com a passagem do foragido à justiça japonesa por um aeroporto da cidade.
Os advogados no Japão dizem ter os três passaportes de Ghosn: um francês, um brasileiro outro libanês, mas parece haver um segundo, e inexplicável, passaporte francês, que pode ter sido utilizado na Turquia para as formalidades normais do aeroporto de onde viajou para o Líbano.