Governo húngaro compra clínicas de fertilidade

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De  Nara Madeira
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Executivo húngaro quer aumentar a taxa de natalidade tornando os tratamentos de infertilidade gratuito.

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Para tentar inverter a tendência de envelhecimento da população, porque a taxa de natalidade é baixa, como um pouco por toda a Europa, o governo húngaro decidiu investir no tratamento da infertilidade. Para isso, o Estado comprou seis clínicas privadas. O tratamento, e de acordo com o Primeiro-ministro, passará a ser gratuito nestes estabelecimentos agora estatais. O que a euronews conseguiu apurar, entre os antigos proprietários destes serviços clínicos, é que a venda foi feita de comum acordo.

As medidas governamentais ampliam, significativamente, o número de pessoas que pode ter acesso a estes tratamentos, mas uma parte da imprensa húngara critica o facto de o Estado estar a centralizar este tipo de serviço. E há mesmo quem acredite que haverá um declínio na qualidade:

"Como todos sabem, o estado não é um bom mestre. A qualidade dos serviços prestados pelas instituições públicas é geralmente pior do que a fornecida pelas instituições privadas, na Hungria", adianta um especialista em Saúde, Zsombor Kunetz.

Mas há quem veja nesta solução uma oportunidade, pelo menos para alguns:

"Este modelo vai durar até 31 de dezembro de 2022. É tempo suficiente para matar a concorrência e então o Estado deterá tudo e terá uma participação bem capitalizada, e a formação de especialistas pode ser organizada. Será uma oportunidade de investimento muito boa para quem deseja ganhar muito dinheiro e haverá pessoas que vão querer", explica outra perita neste setor, Gabriella Lantos.

Nos últimos 10 anos a Hungria perdeu mais de 100 mil pessoas. O governo já tinha implementado o "plano de proteção à família" que incluía, e entre outras coisas, créditos bonificados para a compra de casa e isenção de imposto sobre os rendimentos a mulheres que têm três ou mais filhos. O governo espera conseguir o seu objetivo, aumentar a taxa de natalidade, até 2022.

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