Os habitantes locais de Lesbos, Samos e Chios contestam a sobrelotação dos campos de migrantes e refugiados nas suas ilhas.
As ilhas gregas de Lesbos, Samos e Chios estão em protesto. Em confronto direto com o governo central, os habitantes locais insurgem-se contra o número crescente de migrantes e a degradação das mais básicas condições de vida nos campos de acolhimento.
No campo de Moria, em Lesbos, um espaço previsto para menos de três mil é partilhado por mais de 19 mil migrantes.
Mas, além dos habitantes locais, também os migrantes que vivem no campo de Moria estão preocupados com a segurança. À medida que anoitece, as condições tornam a vida no campo de acolhimento mais difícil.
Manifestações em Chios
Na praça central de Chios, os apelos foram para uma Europa mais responsável e solidária para com quem requer asilo. Os manifestantes exigiram também que os migrantes sejam "partilhados por toda a Grécia".
Os habitantes locais conhecem bem os desafios da migração e dizem querer continuar a assumir a sua responsabilidade humanitária. No entanto, consideram que a ilha está sobrelotada de migrantes, estando em causa a segurança e o bem-estar da região.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em 2019, mais de 74 mil requerentes de asilo chegaram à Grécia vindos da Turquia. Os números exprimem um aumento de 47,2%, em relação ao ano anterior. A maioria permanece nas ilhas durante meses, ou mesmo anos, à espera de uma resposta.
Depois de uma greve geral esta quarta-feira, as ilhas mantêm os protestos.