Os britânicos têm dúvidas se devem ou não celebrar o Brexit. Há quem defenda uma festa para um "acontecimento histórico" e quem ache que é de mau gosto.
Os britânicos passaram da dúvida de fazer ou não o Brexit, para a dúvida celebrar ou não o Brexit.
E a divisão é notória, em qualquer dos casos. Com o aproximar do 31 de janeiro, há quem defenda que o acontecimento deve ser celebrado com pompa e circunstância e quem pense que a celebração é de mau gosto.
"Usar a bandeira nacional para celebrar algo que é apenas de metade do país - para uma franja fazer uma festa, apropriando-se da bandeira nacional é completamente errado", diz Tony Greaves um membro liberal da câmara dos Lordes.
Mas os defensores da primeira hora do Brexit não afastam a possibilidade de um comício de celebração daquilo que consideram "um acontecimento importante na história do país".
Richard Tice, um deputado defensor do Brexit e presidente do movimento "Sair significa Sair" pensa num comício: "Haverá aqui 30, 40 mil pessoas e acho que vai ser um enorme momento de excitação, de pertença. A sensação de 'nós estivemos aqui'".
O governo previu uma variada quantidade de eventos para marcar o dia histórico na próxima sexta-feira. Downing Street projetou um relógio com contagem decrescente, o içar das bandeiras na praça do parlamento e a iluminação a vermelho, branco e azul dos principais monumentos de Londres.
O Tesouro público anunciou a emissão de uma moeda comemorativa do Brexit.
A saída do Reino Unido da União Europeia ganha forma no dia 31 de janeiro. Só poucos dos queriam permanecer têm ainda coragem para mostrar, nas ruas, que não estão contentes.