Procuradoria de Paris abre investigação a alegados abusos sexuais cometidos por antigo treinador à ex-patinadora francesa Sarah Abitbol.
A procuradoria de Paris abriu uma investigação por violação e agressão sexual contra menores depois das acusações feitas pela ex-campeã de patinagem artística, Sarah Abitbol, ao seu antigo treinador Gilles Beyer.
Aos 44 anos a dez vezes campeã de França da modalidade, em pares, medalha europeia e mundial na mesma categoria resolveu contar, num livro, factos que terão ocorrido entre 1990 e 1992, no período entre os seus 15 e 17 anos. Acusa o Beyer de violação.
Em comunicado, o procurador público de Paris, Rémy Heitz, esclarece que as investigações foram confiadas ao departamento que se ocupa dos casos relativos a menores de idade e diz que ele procurará "identificar outras vítimas que possam ter sofrido, no contexto descrito, delitos semelhantes".
A um canal privado de televisão francês Sarah Abitbol mostrou-se "feliz" e "aliviada" por ver porque ver que ao fim de "30 anos de luta" há desenvolvimentos.
A ministra do Desporto, Roxana Maracineanui - que tinha pedido a demissão do atual dirigente da federação de patinagem artística Didier Gailhaguet, acusado de encobrir o caso, e de manter Beyer na estrutura da federação, quando outra patinadora fazia acusações semelhantes - afirmou através das redes sociais que a abertura desta investigação é "um bom sinal" e que "as palavras das vítimas devem ser ouvidas pelo sistema de justiça".
Na última sexta-feira, Gilles Beyer, de 62 anos, tinha já admitido, num comunicado enviado à Agência France Press, ter mantido "relações íntimas" e "inadequadas" com a patinadora e pedia desculpa.