Alteracões climáticas multiplicam pragas nas árvores

Alteracões climáticas multiplicam pragas nas árvores
Direitos de autor CE - Service audiovisuel;Stache, Christof;Agence France-Presse (AFP);/UE/AFP/Chritof Stache
Direitos de autor CE - Service audiovisuel;Stache, Christof;Agence France-Presse (AFP);/UE/AFP/Chritof Stache
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Ambientalistas e silvicultores aproveitam o Dia Internacional das Florestas (21 de março) para lançar alerta sobre o impacto das alteracões climáticas nesse ecossistema

PUBLICIDADE

As florestas estão a sofrer um forte impacto com as alteracões climáticas e os especialistas apelam ao combate a esse fenómeno por ocasião do Dia internacional das Florestas, que se celebra a 21 de marco.

O aumento da temperatura na Bélgica, nos últimos anos, tem fragilizado este ecossistema, que sofre com mais pragas de insetos.

"Veem-se bem os efeitos do aquecimento climático nestes pinheiros que foram atacados pelas lagartas. Esta praga ataca as árvores mais fragilizadas e tivemos de cortar as que estavam mais afetadas pelas lagartas, o que criou clareiras. Neste inverno tivemos ventos fortes, até ao final da semana passada, que derrubaram os pinheiros que ladeavam as clareiras", explicou Pierre Peltzer, silvicultor belga que mostrou a sua exploração à euronews.

O aquecimento global perturba, ainda, o desenvolvimento das árvores, cujas folhas e flores brotam antes de normal para a estação e caiem mais tarde do que o habitual no outono, o que tem impacto noutros seres vivos do ecossistema.

"A vegetação está na base da cadeia alimentar e notamos que certas espécies conseguem adaptar-se. É o caso das lagartas que atacam mais cedo, porque têm à disposição as folhas para comer. Mas outras espécies, tais como as aves migratórias, chegam mais tarde e já não vão a tempo de comer as lagartas. Ficam sem alimento para as crias. Temos observado um declínio nessa população há já várias décadas", afirmou Corentin Rousseau, ambientalista da organização não-governamental WWF na Bélgica.

Uma das estratégias para preservar a floresta passa por plantar novas espécies, o que está a ser experimentado pela Sociedade Real de Florestação da Bélgica.

"O projeto Arboretum visa investigar sobre as espécies de árvores que existem noutros tipo de clima, mais quente e mais seco. Queremos testar como se desenvolvem em termos de resistência à seca, aos agentes patogénicos e aos insetos que temos no nosso país, e qual é o seu ritmo de crescimento'", disse Nicolas Dassonville, responsável pelo departamento de reflorestação dessa entidade.

As florestas preservam 80 por cento da biodiversidade do globo e têm um importante papel na absorção de gases poluentes e na filtragem da água da chuva.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pandemia não deve prejudicar aposta no pacto ecológico

Primeiro-ministro espanhol equaciona demitir-se devido a investigação contra a mulher

"Inútil": Conservadores europeus recusam-se a apresentar candidato principal nas eleições de junho