Primeiro-ministro italiano diz que é preciso "aceitar os riscos" da reabertura. França critica decisões unilaterais de Itália e Espanha.
Reabrir um país que atravessou um pesadelo como Itália traz muitos riscos, mas é um passo que tem de ser dado. O pragmatismo de Roma surge numa altura em que se prepara a retoma da atividade de cafés, restaurantes, museus já no início desta semana e a abertura das fronteiras externas no dia 3 de junho.
O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, afirma que "é preciso aceitar os riscos inerentes, caso contrário a retoma nunca irá acontecer. Não é possível esperar pela descoberta e distribuição de uma vacina".
Mas se Itália anuncia unilateralmente o fim da quarentena para viajantes e Espanha implementa essa mesma medida, no meio ficam aqueles que lamentam a falta de articulação entre países.
O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, afirma que "a coordenação de decisões é essencial, sobretudo dentro do espaço Schengen. Não é o caso, hoje em dia. As decisões unilaterais de Espanha e Itália não ajudam ao trabalho em conjunto e em solidariedade".
O dia 15 de junho parece ser a data mais apontada para uma reabertura mais vasta. A Comissão Europeia pede "concertação" e a "não-discriminação" de cidadãos de diferentes Estados-membros.