Autarcas de Valença e Tui querem reabertura da fronteira

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De  Filipa Soares
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Com cerca de 90% das lojas instaladas na Fortaleza de Valença ainda encerradas, devido à ausência de clientes espanhóis, o presidente da Câmara não entende por que razão a fronteira com Espanha continua encerrada.

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A Feira de Valença, uma das maiores de Portugal, voltou a realizar-se esta semana, depois de mais de dois meses de interregno. Mas com a fronteira com Espanha fechada, faltaram os principais clientes: os espanhóis.

"Gostava que viesse mais gente, porque isto está muito paradinho", diz Deolinda Martins, uma das feirantes, que vendeu algumas coisas da parte da manhã, mas não o suficiente, nem o que costumava vender antes do confinamento e do encerramento da fronteira com a Galiza. É que nesta feira, dizem os feirantes, os clientes espanhóis são os mais importantes, porque têm maior poder de compra.

A falta dos clientes do país vizinho faz-se sentir também nas lojas instaladas na Fortaleza de Valença. Em Portugal, o comércio tradicional teve autorização para reabrir a 4 de maio, mas aqui aproximadamente 90% das lojas continuam fechadas. Como a maioria dos clientes vem de Espanha e a fronteira está fechada, as ruas estão vazias.

"Os vizinhos da Galiza quando querem alguma coisa vêm a Valença e nós de Valença quando queremos algo, vamos a Tui", explica Maria Emília Cacho, sócia de uma ourivesaria que existe há décadas dentro da fortaleza. "Está tudo parado. Não se faz negócio nenhum. Não há gente, principalmente aqui dentro das muralhas, porque aqui funciona mais com o turismo espanhol", queixa-se o seu marido, Mário Teixeira.

O presidente da Câmara Municipal de Valença não entende por que razão a fronteira com Espanha continua fechada. Relembra que o concelho já não tem casos de coronavírus ativos e que na Galiza a pandemia não foi tão grave como no resto de Espanha. "Neste momento, nós não estamos a morrer da doença, mas sim da cura. E os nossos governantes, quer a nível de Portugal, quer a nível de Espanha, e o nosso primeiro-ministro português e o nosso primeiro-ministro espanhol têm que se convencer que Portugal não é Lisboa e a Espanha não é só Madrid. Há realidades totalmente diferentes".

Os presidentes da Eurocidade Valença-Tui vão pedir sexta-feira, em conferência de imprensa, a reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha.

Editor de vídeo • Filipa Soares

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