Derrube de estátuas públicas contra o racismo divide opiniões

Os protestos anti-racismo multiplicam-se em todo o mundo. Os ativistas têm vindo a organizar marchas de protesto desde a morte de George Floyd, em Minneapolis e a derrubar estátuas de traficantes de escravos e de figuras da era colonial, que agora são consideradas ofensivas à causa.
Em Bristol, os manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston, um comerciante de escravos do século XVII.
No entanto, o debate divide opiniões. Há quem defenda que derrubar monumentos históricos é apagar a história."Acho que nunca é bom destruir o passado. Penso que há algo bastante peculiar em exigir a destruição ou a remoção de estátuas de pessoas que morreram há mais de um século. Parece-me um estranho desvio de coisas mais importantes", disse o jornalista Peter Hitchens. As pessoas que se juntam a estes movimentos de protesto têm origens muito diferentes, mas partilham a mesma causa e prometem continuar a luta que pede o fim do racismo.
A estátua de rei Leopoldo II também foi vandalizada na Bélgica. Os movimentos defendem que a morte do cidadão afro-americano nos Estados Unidos ilustra a violência policial que existe e pretendem acabar com as injustiças raciais que as minorias enfrentam também na Europa.