Presidente do país, Ibrahim Boubacar Keït, anuncia o abandono do poder.
O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, e o primeiro-ministro, Boubou Cissé, foram escoltados por soldados das Forças Armadas que levaram a cabo um golpe de Estado no país.
Depois do golpe, o presidente fez uma declaração na televisão pública renunciando ao cargo e dizendo que não pretende um derramamento de sangue para se manter no poder.
Tudo aconteceu após um motim na base militar de Kati, a 15 Km da capital, Bamako. Um protesto salarial transformou-se numa investida para derrubar o governo, depois de meses de protestos. Os soldados que assumiram o poder anunciam a criação de uma "Comissão Nacional para a Salvação do Povo".
Keïta venceu um segundo mandato nas eleições de 2018, mas tem enfrentado a revolta popular contra a corrupção, má gestão da economia e o aumento da violência. A notícia da saída do presidente foi muito bem recebida pelos manifestantes contra o governo.
Os recentes acontecimentos foram condenados pela União Africana, pelos Estados Unidos e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. França, que tem uma missão de paz no Mali desde 2013, também mostrou preocupação, mas os militares no poder dizem que todos os acordos internacionais serão respeitados.