UE decide aplicar sanções contra regime na Bielorrússia

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Direitos de autor Kay Nietfeld/(c) Copyright 2020, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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A analista Amanda Paul, do Centro de Política Europeia, disse à euronews que a União Europeia não pode ser branda se quer obter resultados concretos: “Os governos têm de chegar a um acordo muito robusto, de forma rápida, e aplicar sanções graves, não podem ser meramente simbólicas.

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A União Europeia decidiu aplicar sanções contra indivíduos ligados ao regime de Alexander Lukashenko com responsabilidades na fraude e violência no quadro das eleições presidenciais na Bielorrússia. Trata-se do congelamento de bens e não emissão de vistos de viagem, decidiram os responsáveis pela Negócios Estrangeiros, reunidos, sexta-feira, em Berlim.

“A lista inicial era curta, mas tem aumentado nos últimos dias. Comecou com 12 nomes e foi aumentando até chegar aos 20. Penso que ainda vai aumentar nos próximos dias", explicou Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, em conferência de imprensa.

"Em segundo lugar, quero dizer que faremos uma abordagem gradual, começando pelas pessoas que estão mais profundamente envolvidas tanto nas atividades de fraude eleitoral como na repressão inaceitável das manifestações", acrescentou Borrell.

A analista Amanda Paul, do Centro de Política Europeia, disse à euronews que a União Europeia não pode ser branda se quer obter resultados concretos: “Os governos têm de chegar a um acordo muito robusto, de forma rápida, e aplicar sanções graves, não podem ser meramente simbólicas, apenas para cinco ou dez pessoas. Diria que as sanções devem visar os funcionários do regime ao mais alto nível".

Possível retaliação

O presidente Alexander Lukashenko ameaçou retaliar contra este tipo de medidas, bloqueando rotas de trânsito e portos de vizinhos, tais como os da Lituânia, que pertence à União Europeia e que tem fortes laços com o país.

Já a candidata da oposição derrotada, Sviatlana Tsikhanouskaya, aposta na determinação da população: “Penso que cada país tem que decidir por si mesmo como quer apoiar o povo bielorrusso. Se alguns consideram que as sanções são a forma de nos ajudar, a forma mais correta, veremos... eu não tenho a certeza disso, mas a história vai mostar-nos".

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia deverão analisar os próximos passos, no mês que vem.

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