Numa altura em que os Estados Unidos vivem uma grave convulsão social por questões raciais, milhares de pessoas juntaram-se em Washington para recordar o discurso "eu tenho um sonho" de Martin Luther King, na marcha de há 57 anos, e exigir justiça e igualdade de direitos.
No dia dos 57 anos da manifestação em Washington em que o icónico ativista Martin Luther King pronunciou o famoso discurso "Eu tenho um sonho", milhares de apoiantes da causa negra nos Estados Unidos reuniram-se na capital norte-americana para exigir igualdade de direitos e justiça nos recentes episódios de violência policial.
Entre eles, a neta de Martin Luther King. "Nós vamos ser a geração que vai desmantelar o racismo sistémico, de uma vez por todas, agora e para sempre. Vamos ser a geração que vai travar a brutalidade policial e a violência armada, de uma vez por todas, agora e para sempre", declarou Yolanda Renee King.
Na manifestação esteve também o pai de Jacob Blake, homem baleado quatro vezes nas costas durante uma detenção na semana passada por, alegadamente, ter resistido à polícia e estar na posse de uma faca.
"Há dois sistemas de justiça nos Estados Unidos. Há um sistema branco e um sistema negro. O sistema negro não está muito bom mas nós vamos nos erguer. Todo negro norte-americano vai erguer-se. Estamos cansados. Cansados de olhar para as câmaras e ver estes jovens negros e castanhos a sofrer", declarou Jacob Blake, pai.
As convulsões sociais internas nos Estados Unidos serão tema marcante nas eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para dentro de dois meses.