Eurodeputado contente com resultado da greve de fome

Eurodeputado contente com resultado da greve de fome
Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De  Isabel Marques da SilvaGregoire Lory
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Pierre Larrouturou quer ver instituído um novo imposto europeu sobre as transações financeiras para haver mais verbas para o orçamento da União Europeia que possam ser investidas, sobretudo, nas políticas do clima, saúde e investigação.

PUBLICIDADE

Terminada a greve de fome que durou 18 dias, Pierre Larrouturou perdeu 10 kg. Mas o eurodeputado socialista francês considera que ganhou a batalha do apoio público e político para obter um orçamento mais ambicioso para a União Europeia.

O parlamentar exige novos instrumentos para poderem ser aumentadas as verbas para as políticas do clima, saúde e investigação e um deles poder ser um novo imposto sobre transações financeiras.

“A melhor solução é um imposto sobre a especulação que poderia render 57 mil milhões de euros por ano. O Parlamento Europeu não vai esperar que todos estejam de acordo, vai avançar com um grupo de pioneiros. Estou muito satisfeito por este texto ter sido aprovado. Se avançarmos com 10 ou 15 países, poderemos não chegar aos 57 mil milhões de euros no primeiro ano, mas se arrecadarmos 30 mil milhões ou 40 mil milhões já vai ser uma boa ajuda para as políticas de saude e do clima", disse em entrevista à euronews.

Cooperação reforçada já em dezembro?

Satisfeito com maior apoio das bancadas parlamentares, o eurodeputado vai focar-se em convencer tambem os chefes de Estado e de governo da União a darem o seu aval já em dezembro.

A estratégia passa pelo mecanismo de cooperação reforçada, isto é, ter pelo menos nove Estados-membros que cobrem o imposto.

“O acordo que foi assinado, na semana passada, entre o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia demonstra que é possível avançar. Seria a primeira vez, mas não há nenhum problema do ponto de vista legal. Se no início apenas 10 ou 15 países cobrassem o imposto, a verba poderia ser usada para reembolsar a dívida comum e financiar o orçamento europeu. Ou poderá apenas financiar políticas especificas como a do clima ou a investigação, em alguns países", explicou Pierre Larrouturou.

Há quase uma década que se debate este imposto sobre as quantias milionárias geradas com a especulação nos mercados de capitais.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Covid-19: Acordo para combater a crise a caminho do Parlamento Europeu

Cimeira: Líderes querem criar novo "pacto de competitividade" para a UE

Política da UE. Parlamento Europeu terá novas regras mas há poucas mudanças para as mulheres