Brexit: Irlanda alerta para riscos graves de não acordo

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De  Shona Murray
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A euronews entrevistou Micheál Martin, primeiro-ministro da Irlanda, país que sentirá o maior impacto político e económico deste momento histórico.

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As negociações sobre o Brexit estão na reta final, mas ainda ninguém pode garantir que haverá um novo acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Reino Unido.

A euronews entrevistou Micheál Martin, primeiro-ministro da Irlanda, país que sentirá o maior impacto político e económico deste momento histórico.

"Penso que é importante, dada a grandeza das questões em causa, das implicações negativas para as economias do Reino Unido, da Irlanda e da Europa, dizer que devemos usar todo tempo útil para chegar a um acordo. Digo muito claramente que acredito que não ter acordo seria muito prejudicial para a nossa economia, para a economia do Reino Unido e, na verdade, para a da Europa também. Os políticos têm uma obrigação para com o povo que representam e devemos usar o melhor possível o tempo que resta", alertou Micheál Martin.

As questões que permanecem por resolver são a das pescas - sobre a qual houve muito pouco progresso desde março - bem como as da lealdade concorrencial, subsídios estatais e governança. 

Questionado sobre em que estágio se encontram, Micheál Martin disse que "nas últimas duas ou três semanas houve maior calma nas equipas de negociação de ambos os lados, o que é um bom sinal, na medida em que houve um grau de negociação muito intenso ao longo de muitas semanas". 

"Na questão das pescas, os dois lados estão muito afastados e é necessário maior esforco para resolver o problema durante a próxima semana. Sobre a lealdade concorrencial, penso que todos percebemos os receios de ambas as partes sobre como poderão ser criadas vantagens de um lado sobre o outro ao recorrer as ajudas estatais. Mas acredito que há uma zona de confluência sobre a lealdade concorrencial através da criação de um mecanismo de resolução de contendas. Tal permitiria a ambas as partes agir se alguma delas estiver a violar o acordo", disse ainda o primeiro-ministro.

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