Confederação Europeia de Sindicatos teme "explosão" de desemprego

Confederação Europeia de Sindicatos teme "explosão" de desemprego
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De  Isabel Marques da SilvaSandor Sziros
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Em princípio, os 750 mil milhões de euros do fundo de recuperação deveriam começar a ser distribuídos em meados de 2021, mas o impasse atual poderá levar a um atraso considerável.

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Os sindicatos europeus juntaram-se ao coro de vozes sobre a urgência em aprovar o novo orçamento da União Europeia para os próximos sete anos, face ao risco de "explosão" do desemprego.

A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) afirma que 20 milhões de pessoas estão desempregadas na União Europeia e que há pelo menos 40 milhões de pessoas em regime de layoff e de outros esquemas de desemprego temporário devido a pandemia.

“Se comparar esses números do desemprego com os decorrentes da crise financeira, há alguns anos, vê que agora o impacto é três vezes superior. Se mais medidas de emergência e investimento de fundo não chegarem rapidamente, corremos o risco de ter uma tragédia de desemprego a explodir na Europa, com muitas empresas a falirem. Está na hora de agir ", disse Luca Visentini, secretário-geral da CES, em entrevista à euronews.

Itália e Espanha são dos países mais afetados

Espanha e Itália são dois dos Estados-membros mais afetados em termos de níveis de desemprego causados pela pandemia e serão dos maiores beneficiários do fundo de recuperação.

Só em Itália, 270 mil empresas nos setores do comércio e serviços poderão fechar as portas definitivamente.

O atraso deve-se ao bloqueio criado pela Polónia e pela Hungria por causa do novo mecanismo de vinculação dos fundos europeus ao respeito pelo Estado de direito, o que exaspera alguns eurodeputados.

"Honestamente, não consigo entender o veto atual, porque se insistirem nessa postura vão acabar por ficar de fora do fundo de recuperação e do orçamento plurianual, e a ComissãoEuropeia não deixará de aplicar o mecanismo sobre o Estado de direito", afirmou Jonás Fernández, eurodeputasdo espanhol do centro-esquerda.

Em princípio, os 750 mil milhões de euros do fundo de recuperação deveriam começar a ser distribuídos em meados de 2021, mas o impasse atual poderá levar a um atraso considerável.

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