Boris Johnson contra Superliga: "não creio que sejam boas notícias para o futebol neste país"

O governo britânico está solidário com a UEFA em relação à criação da Superliga europeia. No Reino Unido, onde Arsenal, Liverpool e Manchester United, as equipas britânicas entre os 12 fundadores da competição, estão a agitar as águas, o primeiro-ministro Boris Johnson é peremptório a mostrar o desagrado em relação à iniciativa dos clubes separatistas.
"Vamos analisar tudo o que pudermos fazer com as autoridades do futebol para nos certificarmos de que isto não vai para a frente da forma como está atualmente a ser proposto. Não creio que sejam boas notícias para os adeptos, não creio que sejam boas notícias para o futebol neste país. Não gosto do aspeto destas propostas, e vamos consultar sobre o que podemos fazer", afirmou o chefe do governo britânico, reforçando no Twitter a sua preocupação.
Os doze clubes atualmente inscritos na Superliga dizem ter iniciado ações legais para afastar quaisquer ameaças de bloqueio à competição.
Os fundadores enviaram à FIFA e à UEFA uma carta onde informam ter já acordado um financiamento de quatro mil milhões de euros de uma instituição financeira para assegurar a competição.
Também em Bruxelas ecoam protestos contra a iniciativa.
Para o comissário do Estilo de Vida Europeu, Margaritis Schinas, que também recorreu `às redes sociais para manifestar a sua posição, no "modelo de desporto europeu baseado na diversidade e na inclusão", não há espaço para a iniciativa de "uns poucos clubes ricos e poderosos".
As organizações ameaçam impedir a prova por via judicial. Em causa podem estar as participações nas provas nacionais existentes.